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terça-feira, 4 de maio de 2010

Betty Boop









Betty Boop era uma personagem fictícia de uma série de TV e do cinema, mas apareceu pela primeira vez no dia 9 de agosto de 1930 num desenho animado chamado "Dizzy Dishes", na sexta produção de Fleisher´s Talkartoon séries. Essa pequenina personagem teve como principal responsável pela sua criação Grim Natwick, um veterano animado dos estúdios da Walt Disney e também da Ub Iwerk, que modelou Betty baseado em Helen Kane, uma cantora e atriz que trabalhava para Paramount Pictures, o estúdio que também distribuía os desenhos de Fleischer. Como era comum naquele época, Natwick criou a personagem inicialmente como um animal, no caso, um poodle francês e a voz foi interpretada por várias atrizes diferentes, inclusive por Mae Questal, que começou em 1931 e se manteve para o resto da série.



Pouco tempo depois o próprio Natwick percebeu que o olhar original da Betty era bastante feito e assim em 1932 redesenhou e reorganizou humanamente a personagem. Ela apareceu em dez desenhos animados como personagem de apoio, uma menina com mais coração do que cérebro. Em desenhos individuais ela foi chamada também de "Nancy Lee" e "Nan McGrew" e normalmente aparecia como a namorada da estrela do estúdio chamado Bimbo.



Apesar de alguns reivindicarem que o primeiro nome da personagem era Betty conforme o desenho animado de 1931 "Screen Songs", mas isso não corresponde a verdade, pois era uma personagem completamente diferente. Embora a própria canção possa ter conduzido ao seu batismo com o eventual nome de Betty, qualquer referência com "Betty Co-ed" é completamente errônea, pois haviam quase 12 personagens neste desenho animado que poderiam ser caracterizadas como Betty Boop.



Existem somente dois filmes conhecidos nas quais Betty aparece colorida. Em "Poor Cinderella" e em "Crazy Town" (1932), embora ela tenha aparecido no filme colorido "Who Framed Roger Rabbit", mas Betty continuava em seu tradicional preto e branco. O desenvolvimento de Betty ainda estava incompleta, mas Dave, o irmão de Max Fleischer, modificou a personagem mais adiante, fazendo-a mais sensual e mais feminina. A personagem foi batizado como "Betty Boop" oficialmente em 1932 no Talkartoons "Minnie the Moocher", com Cab Calloway e sua orquestra emprestando seus talentos. A personalidade definitiva da famosa Betty iniciou finalmente neste filme.

Em "Minnie the Moocher", Betty fica distante de seus pais e acaba se perdendo junto com seu namorado Bimbo numa caverna mal assombrada. Uma morsa fantasmagórica canta a canção "Minnie the Moocher" acompanhado por diversos esqueletos e outros fantasmas. Os fantasmas deixam Betty amedrontada e ela foge com Bimbo para sua casa. Os oito Talkartoons produzidos depois de "Minnie the Moocher" já mostram Betty como a estrela principal. Com a realização de "Stopping the Show" em agosto de 1932, a série Talkartoon foram substituídas pela série animada "Betty Boop".


Os pais de Betty em "Minnie the Moocher" aparentemente aparece como judeus ortodoxos e isso levou muitos a pensar que aquela Betty fora planejada com uma personagem judia, mas os desenhos posteriores, como os de 1936 "Be Human", introduzem os pais de Betty como bem mais velhos, tais como os personagens dos filmes do velho oeste. Em 1932, Betty já havia sido proclamada a "rainha do desenhos animado" e também uma estrela da Paramount Pictures.



Betty Boop é notável por ser a primeira personagem de desenho animado a representar uma mulher completamente sensual. Outras personagens femininas da mesma época mostravam as calcinhas como a ratinha Minnie, mas nenhuma em forma de mulher. Betty, se divertia com a sua sexualidade. Ela usava vestidos curto e uma cinta liga e os seus seios eram volumosos. Em seus desenhos, os outros personagens tentavam roubar seu olhar enquanto ela caminhava. Em "Betty Boop´s Bamboo Isle", ela faz a dança havaiana com uma saia de grama muito sensualmente e onde aparece pela primeira vez, os primeiros esboços do personagem Popeye.



Não obstante, os animadores sempre mantiveram a personagem de forma "pura", pois oficialmente ela era uma menina de apenas 16 anos. Os desenhos de Betty também se salientaram devidos às trilha sonoras de jazz. Uma adição para três desenhos animados contaram com o som de Cab Calloway. Bandas convidadas para os desenhos animados de Betty Boop incluíam as bandas de Louis Armstrong, Rudy Vallee e Don Redman. Ethel Merman, Irene Bordoni e Reis and Dun também apareceram como artistas convidados.



Os desenhos sensivelmente adultos de Betty levaram a uma onda comercial que varreu o mundo. Enquanto isso, Helen Kane que tinha inspirado a personagem em 1930 processou o estúdio Fleischer em 1934, por roubar supostamente sua marca registrada, enquanto dançava, cantava e dizia uma frase. Kane perdeu o processo quando os Fleischers provaram a frase já havia sido utilizado por outras artistas, antes de Kane.



Por fim, a própria sensualidade de Betty iniciou a sua destruição, pois os censores da "Production Code" criaram leis em 1934 forçando a personagem a usar uma saia mais longa e decote menos ousados e com isso a popularidade de Betty caiu nitidamente. Os animadores lutaram para manter a personagem de Betty interessante, de acordo com as leis, mas nenhum destes filmes tiveram muito êxito, entretanto esses acontecimentos fizeram Popeye chegar ao estrelato e a carreira da personagem Betty acabava, pelo menos temporariamente, em 1939.



Uma história em quadrinhos de Betty Boop produzida por Max Fleischer esteve em syndicated entre 1934 a 1937. De 1984 a 1987 outra tira de "Betty Boop and Friends" foi produzida por Brian Walker, Ned Walker, Greg Walker e Morgan Walker. Os filmes de Betty Boop foram novamente apresentadas na televisão em syndication nos anos 50 pela U.M. & M. T.V. Corp e depois pela National Telefilm Associates (NTA). A U.M. & M. e a NTA alteraram a abertura da Paramount, removendo o logotipo da Paramount em sua abertura e encerramento, mas a impressão do logotipo permanece quando apresentada na televisão



Esses filmes também ganharam uma exposição em 1960 no movimento de contracultura. A NTA comprou os direitos, coloriu e reapresentou na televisão como "The Betty Boop Show". Houve muitas críticas pela colorização pela NTA, tempos depois a Turner Entertainment fez a mesma coisa com "Fleischer´s Popeye the Sailor", os artistas coreanos refizeram os personagens em cores, saltaram os desenhos e simplificaram os movimentos, usando um animação limitada em lugar da animação cheia de Fleischer.



A Ivy Films reuniram alguns filmes de curta metragem e a transformaram em "The Betty Boop Scandals" em 1974, mas teve pouco sucesso. A NTA também lançou outro filme compilado chamado "Hurray for Betty Boop" em 1980. Os "Marketers" redescobriram Betty Boop nos anos 80 e passaram a comercializar a personagem, de uma forma mais sensual e extensamente disponível. Também nos anos 80, o rapper Betty Boo, com grandes influências dos desenhos animados, se tornou popular no Reino Unido.



Em 1988, Betty apareceu pela primeira vez em anos, como um troféu e em 1993, o diretor de animação Jerry Rees, conhecido pelo filme "The Brave Little Toaster" escreveu e produziu uma nova Betty Boop que seria realizado pela Metro-Goldwyn-Mayer. Setenta e cinco porcento do filmes estavam "storyboarded", mas duas semanas antes da gravação os executivos da MGM cancelaram o projeto que iria se chamar "The Betty Boop Feature Script".



A série Betty Boop continua sendo uma das favoritas de muitos críticos e o desenho animado de Betty Boop chamada "Snow White" de 1933 foi selecionado para preservação na "U.S. Library of Congress in the National Film Registry" em 1994. Atualmente existem 22 desenhos animados de Betty Boop que são de domínio público e disponíveis na Internet.

Principais Fontes Bibliográficas

http://en.wikipedia.org/wiki/Betty_Boop

http://pt.wikipedia.org/wiki/Betty_Boop



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